quinta-feira, janeiro 04, 2007

Os efeitos da Nova Rede

Caros leitores, vamos no quarto dia da Nova Rede (o segundo após as borlas) e constatamos que a Nova Rede merece viva contestação por parte das pessoas que utilizam os serviços da STCP.

Os leitores tiveram (e têm) aqui a oportunidade de se expressarem as suas mágoas e opiniões. E pelo que temos visto e pelo que temos lido, a maioria dos comentários merecem a nossa concordância. Com efeito, a STCP, ao (mandar) desenhar a Nova Rede, teve como principal preocupação a eficiência produtiva - por outras palavras, pretende apostar num aumento da produtividade do pessoal e do material circulante, mesmo que isso obrigue o passageiro a fazer transbordo entre autocarros ou entre autocarros/CP/Metro/Privados.

Ora bem, na ânsia de conter os custos (que pensamos ser uma das razões decisivas que levam ao desenho da Nova Rede) e em não fazer concorrência ao Metro (de quem detém, aliás, uma posição accionista) a STCP fez uma Nova Rede. Rede essa na qual a STCP, deu, (e desculpem a expressão utilizada) uns valentes tiros nos pés. Nem começamos a falar no caso de Rio Tinto, que é o caso mais mediático e aquele que evidencia mais a ânsia da STCP em promover a intermodalidade, seja de que maneira fôr.

Vamos começar a analisar algumas carreiras, que para nós, representam um tiro nos pés, sem qualquer cronológica ou de zona:

Linha 203 (Marquês de Pombal - Foz)

Esta linha tem a particularidade de ser... praticamente inútil em todo o percurso que serve. Porquê? Porque praticamente faz o percurso pela Rua da Constituição - Campo Lindo - Boavista (Rotunda) - Avenida da Boavista - Avenida Marechal Gomes da Costa - Foz. Se entre o Marquês e a Boavista estão lá o 303 e o 402, entre a Boavista e a Foz (pelo menos na Avenida) estão lá o 502 e o 201. E a única artéria que ficaria servida, é precisamente a Avenida Marechal Gomes da Costa, uma avenida cujos habitantes necessitam deseperadamente de um autocarro... Falando a sério, não valia antes prolongarem o 402 até ao Castelo do Queijo, utilizando o caminho do antigo 78 entre a Boavista e a Praça do Império? Bem sabemos que nalgumas ruas passa o ZL e o 504, mas...


- Linha 206 (Campanhã - Viso)

Esta linha tem a particularidade de fazer o antigo 77 a partir da Rua da Constituição, e de partes do antigo 90 entre a Constituição e Campanhã. Nós perguntámos que, a fazer a linha, porque não prolongá-la pelo menos, até ao Bairro de Santo Eugénio?

- Linhas 803 (Boavista - Rio Tinto) e 805 (Hospital de São João - Venda Nova)

Mais um caso em que na nossa opinião, não passa de um grande disparate do projectista de rede. Então entre as populações que eram servidas pelo 53 entre o Forno e Rio Tinto passam a ter que mudar de autocarro aí (ou para o comboio, dado que o término é na estação), a não ser que queiram ir para a Boavista, enquanto que entre Rio Tinto e a Circunvalação a solução passa pela ida ao Hospital de São João. Que maravilha, não é? Aquela área já era isolada que chegue com o antigo 53 e ainda mais isolada fica. Não se pense que a Estação de Rio Tinto é um local ideal para um Interface! A rua que a serve é bastante apertada, e o abrigo não chegará para todos aqueles que mudam de autocarro, ou que mudam do comboio para o autocarro. Propomos antes que se faça uma linha Boavista - Bolhão (Via Rio Tinto) que aproveite o 803 e o antigo 53. Creio que aí ninguém ficava a perder...


- Linha 706 (Ermesinde - Hospital de São João)

Aqui nem falamos do caso dos ermesindenses, que salvo a perda da ligação directa com a Maia, até nem ficaram muito a perder. Falamos mais daqueles que eram servidos pelo antigo 47, que perderam a ligação directa com a Baixa do Porto. Mais uma linha que passa a terminar no Hospital de São João...


Aqui fica um breve resumo daquilo que vimos e lemos nos comentários ao nosso blog. Desafiamos os nossos leitores a expressarem a sua opinião, apesar de sermos obrigados a recordar que nós NÃO somos a voz oficial da empresa, NÃO estamos ligados institucionalmente á STCP. Somos, apenas, passageiros como os leitores, que gostam de transportes, sobretudo aqueles que são efectuados pela STCP.

Um muito obrigado a todos e deixem os vossos comentários!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Linha 706 - Os unicos k podem ter razoes de queixa são os utentes que moram entre Ardegães e Milheiroz, que deixaram de ter autocarro, o resto nao está tão mal como dizem...

Rio Tinto - 8 minutos ao Porto ( S Bento ) de comboio, 803 + 805, 55 - Rio Tinto - Bolhão(nao entendo como dizem k nao tem carro pro centro do Porto, mas enfim )

202 + 203 na verdade nao tem justificação os itinerários que realizam e na verdade nao fazem falta...

206 - Ida ao Sto Eugenio de 40 / 40 resolvia o problema como acontecia ultimamente no caso do 77, em 3, 1 ia ao Sto Eugenio...

600 - Maia - Loios - pouca frequencia para o volume de passageiros, o terminus nao tem logica, para alem de dificil mobilidade devido ao transito a paragem fica num passeio estreito e com movimento

Linha 200 - terminos deveria ser em Sa da Bandeira e não no Bolhão

Linha 305 - Já está com articulados e está melhor

10:52 da manhã

 

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