terça-feira, setembro 25, 2007

Balanço do primeiro dia da linha 22 - Eléctrico na Baixa

Caros Leitores, voltamos ao vosso convivio para vos deixar mais uma noticia respeitante ao universo STCP.

Sendo assim, deixamos aqui mais um artigo do JN que indica que os primeiros dias do serviço regular da linha 22 - a nova linha de eléctrico da baixa - têm sido bastante positivos. Muito público a utilizar o serviço e note-se (porque nos dias que correm, é sempre de notar) o civismo que os automobilistas demonstraram, neste caso não havendo a colocação de carros em cima do trilho do eléctrico.

Mas, como prometido, deixamos mais aqui o artigo, sendo a imagem igualmente propriedade do JN:

"Eléctricos passaram no primeiro dia "a sério"

Com o brilho nos olhos de uma criança a quem acabam de oferecer um brinquedo, Maria Alfredina Correia olha, embevecida, o 22 que acabou de a transportar entre Massarelos e o Carmo e lembra os anos a fio em que o "1" a deixava em Matosinhos , onde a aguardava o peixe fresco que vendia no Porto.

"Espectacular", resume Alfredina, que agora já não perde a esperança de ver um "amarelo" voltar a Matosinhos. Enfim, o Castelo do Queijo também está ali ao lado e o cheiro a maresia é o mesmo.

José Silva, corpo franzino, voltou à rotina diária de conduzir um eléctrico. "Sempre tive esta profissão na STCP. Conduzo eléctricos desde os 35 anos e já tenho 57. Gosto muito", afirmou.


Primeiras indicações da nova linha, a "18", são positivas. Nem os carros atrapalharam, nem faltaram os passageiros


Já com o "18" sem lugares sentados e fazendo horas à sombra do edifício da Reitoria, tirava dúvidas, vendia Andantes e desculpava-se de pequenos atrasos que pudessem existir. "O horário é este, mas nos primeiros dias pode haver um ajustamento ou outro", explicava a um futuro utilizador.

Com as primeiras viagens a "sério", ou seja, num dia útil, José Silva não conseguiu esconder alguma admiração pelo civismo dos automobilistas. "Não tive um único problema com viaturas em cima dos trilhos", revelou.

"Matar saudades", resume o pouco tempo de espera que levou José Andrade a sentar-se numa suja e grafitada pedra, que pretende ser um banco, em frente ao "Piolho". Há muito anos que não andava de eléctrico. Ainda me lembro quando ia para a praia e tinha de esperar naquelas filas enormes junto à remise, na Boavista", recordou José Andrade.

Apesar da nostalgia que não o tem feito parar de andar nos eléctricos desde sábado, José Andrade utiliza as vantagens da intermodalidade para viajar como gosta de transporte público. "Ando de autocarro, de metro e agora de eléctrico. Acho que toda a gente devia fazer como eu. É tão agradável"".