Balanço do primeiro dia da linha 22 - Eléctrico na Baixa
Sendo assim, deixamos aqui mais um artigo do JN que indica que os primeiros dias do serviço regular da linha 22 - a nova linha de eléctrico da baixa - têm sido bastante positivos. Muito público a utilizar o serviço e note-se (porque nos dias que correm, é sempre de notar) o civismo que os automobilistas demonstraram, neste caso não havendo a colocação de carros em cima do trilho do eléctrico.
Mas, como prometido, deixamos mais aqui o artigo, sendo a imagem igualmente propriedade do JN:
"Eléctricos passaram no primeiro dia "a sério"
Com o brilho nos olhos de uma criança a quem acabam de oferecer um brinquedo, Maria Alfredina Correia olha, embevecida, o 22 que acabou de a transportar entre Massarelos e o Carmo e lembra os anos a fio em que o "1" a deixava em Matosinhos , onde a aguardava o peixe fresco que vendia no Porto.
"Espectacular", resume Alfredina, que agora já não perde a esperança de ver um "amarelo" voltar a Matosinhos. Enfim, o Castelo do Queijo também está ali ao lado e o cheiro a maresia é o mesmo.
José Silva, corpo franzino, voltou à rotina diária de conduzir um eléctrico. "Sempre tive esta profissão na STCP. Conduzo eléctricos desde os 35 anos e já tenho 57. Gosto muito", afirmou.

Primeiras indicações da nova linha, a "18", são positivas. Nem os carros atrapalharam, nem faltaram os passageiros
Já com o "18" sem lugares sentados e fazendo horas à sombra do edifício da Reitoria, tirava dúvidas, vendia Andantes e desculpava-se de pequenos atrasos que pudessem existir. "O horário é este, mas nos primeiros dias pode haver um ajustamento ou outro", explicava a um futuro utilizador.
Com as primeiras viagens a "sério", ou seja, num dia útil, José Silva não conseguiu esconder alguma admiração pelo civismo dos automobilistas. "Não tive um único problema com viaturas em cima dos trilhos", revelou.
"Matar saudades", resume o pouco tempo de espera que levou José Andrade a sentar-se numa suja e grafitada pedra, que pretende ser um banco, em frente ao "Piolho". Há muito anos que não andava de eléctrico. Ainda me lembro quando ia para a praia e tinha de esperar naquelas filas enormes junto à remise, na Boavista", recordou José Andrade.
Apesar da nostalgia que não o tem feito parar de andar nos eléctricos desde sábado, José Andrade utiliza as vantagens da intermodalidade para viajar como gosta de transporte público. "Ando de autocarro, de metro e agora de eléctrico. Acho que toda a gente devia fazer como eu. É tão agradável"".
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